Sou uma mãe tão má #2
Controlar as prendas que o meu filho recebe revelou ser uma tarefa difícil e chata! A maternidade é realmente cheia de surpresas.
Eu, praticamente não ofereço prendas ao meu filho. Percebem a mãe tão má que sou.
Na verdade eu até gostava de lhe oferecer, mas todos à minha volta me tiram esse privilégio, o mundo em que vivemos especialmente. Eu sei que é bom dar, fazê-los felizes, tão bom que é, mas a mãe sou eu, sou eu quem tem de ter juízo, e ser má.
A família e amigos mais íntimos já deixaram de trazer os ditos “miminhos” sempre que nos encontramos. Não sei se os meus olhares e expressões faciais tiveram alguma coisa que ver com isso!
Prefiro que passem 15 ou 20 minutos com ele a fazer um desenho, a jogar UNO, cartas, dominó, xadrez, playstation, futebol. E ele também, sei bem disso.
Leiam só esta minha história.
Como muitas famílias optam hoje em dia, também nós optamos por fazer o 6º aniversário do nosso filho em um daqueles parques temáticos para festas de aniversário para crianças. Não são muito caros, eles divertem-se imenso e no fim voltamos à nossa casa sossegada e limpa. Claro que ele quis convidar a turma toda, é bem ao jeito dele, “ser” social e não deixar ninguém de fora, mais o vizinho, e outro, um e outro amigo da pré, a prima, fim das contas eram 30 crianças, assim rapidinho.
O que significa que trouxe para casa 30 prendas.
E de repente eu vejo-me nesta situação! Se fosse famosa e me tivessem fotografado à saída do parque, ia ser um …“Deus me Livre”.
Assim que chegamos a casa recebeu mais prendas da família que lá o esperava, não demorou muito até ter por volta de umas 40 prendas, atenção: nós não somos ricos, por isso imagino que isto aconteça em muitas outras famílias. Tudo isto sem contar com as prendas que recebeu em casa do pai e da família toda do pai.
Claro que ele ficou muito feliz, pois vê nas prendas uma demonstração de “gosto de ti”, e eu feliz por ele. Claro que compreendo. Claro que também eu ofereço uma prenda quando vou a um aniversário de uma criança.
Contudo, vi-o mais preocupado com as confirmações e chegada dos amigos do que com as prendas. Felizmente. Hajam coisas boas no meio disto tudo!
Quando ele foi dormir, peguei nas prendas que ele não abriu, quase 30, e guardei-as.
Recordou vivamente por uns bons dias a festa, recordava-a e contava-a a todos. Das prendas? Nunca mais.
E agora perguntam-me vocês: e o que fizeste tu com as prendas?
Eu aprendi que não devemos dar o que nos oferecem, aprendi muita coisa que respeito e sigo, agradeço de coração as prendas que compraram a pensar no meu filho, mas há coisas em que prefiro seguir o meu instinto e a minha cabeça e se a isso chamarem falta de consideração e má, pois então: eu sou uma “(des)considerada malvada”!
- Ofereci-lhe 3 dessas predas no pinheirinho de Natal (foi o Pai Natal).
- Cada vez que vamos ao aniversário de algum amiguinho, eu embrulho uma e já está!
- Tudo o que é livros, vou-lhe dando um sempre que ele (nós) termina (mos) outro. Infelizmente não posso dizer-lhe quem os ofereceu porque não têm dedicatória.
Nota: Viver a aprender!
Meia culpa para mim que não vou ligando quando me perguntam: o que é que ele gosta? E eu respondo: ah não é preciso nada.
Para a próxima vou começar a espalhar que ele gosta de livros. Nunca são demais.
Dizer que ele gosta de livros e roupa dá muito nas vistas, certo?
Di Art Blogger
Aprendiz de Mãe