Santo das Pestaninhas. - Fui eu que disse.
- Espera. Tens uma pestana. Apanhei-a - disse-me.
Segurou-a entre o indicador e o dedo grande e com os olhos a brilhar disse-me:
-Pensa num desejo.
Eu, ali, ao olha-lo tão doce e sorridente para mim, num joguinho infantil e inesperado, que me fez desligar por instantes do mundo e me fez sorrir, senti o amor que lhe tinha. O bem que lhe queria.
Então desejei: desejei que o desejo que ele estava a pedir naquele momento lhe fosse concedido.
- Já está - disse-lhe.
- Em cima ou em baixo? – perguntou-me.
-Em cima.
- Em cima. Saiu em cima. O desejo é teu, meu amor - disse-me entusiasmado e feliz por me dar aquele desejo.
Beijou-me a testa.
Eu sorri e aceitei tudo, feliz por lhe dar aquele desejo.
Di Art Blogger