Luz

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Di Do It

O psicólogo aconselhou-me um Blog e perdeu uma paciente.

Di Do It

O psicólogo aconselhou-me um Blog e perdeu uma paciente.

Ressuscitação

 

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As minhas emoções adoeceram.

Depois de tanto, deixei de lutar, deixei que a doença tomasse conta de mim por completo, desisti. 

Decidi deixar-me morrer.

 

Depois de morta que mais me poderia ela fazer? A mais cobarde das doenças, aquela que não mostra a cara, que não sabemos muito bem se é carne ou peixe, não sabemos muito bem quem é nem de onde vem.

Nada mais me poderia afetar.

Porque eu deixei de desejar, de lutar, de querer, de fazer, de estar, de sonhar, deixei de acreditar e deixei de me importar.

Porque eu decidi deixar-me morrer também.

 

E como todos os outros assassinos, predadores, como todos os selvagens rudes insensíveis, desprovidos de emoções e consciência fazem quando matam as suas vítimas, não os que o fazem pela sobrevivência, como todos os outros, também este abandona a sua vítima assim que a vê morta e inanimada.

 

 

Então, a esperança renasceu em mim e obrigou-me a acreditar na ressuscitação.

Eu que já tinha morrido!

Agora surge-me este ínfimo laivo de esperança , quando vejo o sol. Quando o meu corpo combate a minha mente, sorrindo sem eu o mandar, afinal eu disse-lhe que tinha morrido.

 

Eu vi uma semente e eu sei que não há volta a dar. Sei que é o suficiente para eu voltar à vida.

Estou calma agora, não tenho pressa porque sei que vou viver outra vez. É irreversível.

 

O mesmo corpo que, sem me avisar, me quis matar, também ele, sem me avisar, me ressuscitou.

 

Di Art Blogger 

 

 

Sou uma mãe tão má #2

Controlar as prendas que o meu filho recebe revelou ser uma tarefa difícil e chata! A maternidade é realmente cheia de surpresas.  

 

 

Eu, praticamente não ofereço prendas ao meu filho. Percebem a mãe tão má que sou.

 

Na verdade eu até gostava de lhe oferecer, mas todos à minha volta me tiram esse privilégio, o mundo em que vivemos especialmente. Eu sei que é bom dar, fazê-los felizes, tão bom que é, mas a mãe sou eu, sou eu quem tem de ter juízo, e ser má.

 

A família e amigos mais íntimos já deixaram de trazer os ditos “miminhos” sempre que nos encontramos. Não sei se os meus olhares e expressões faciais tiveram alguma coisa que ver com isso!

Prefiro que passem 15 ou 20 minutos com ele a fazer um desenho, a jogar UNO, cartas, dominó, xadrez, playstation, futebol. E ele também, sei bem disso.

 

Leiam só esta minha história.

 

Como muitas famílias optam hoje em dia, também nós optamos por fazer o 6º aniversário do nosso filho em um daqueles parques temáticos para festas de aniversário para crianças. Não são muito caros, eles divertem-se imenso e no fim voltamos à nossa casa sossegada e limpa. Claro que ele quis convidar a turma toda, é bem ao jeito dele, “ser” social e não deixar ninguém de fora, mais o vizinho, e outro, um e outro amigo da pré, a prima, fim das contas eram 30 crianças, assim rapidinho.

 

O que significa que trouxe para casa 30 prendas.

E de repente eu vejo-me nesta situação! Se fosse famosa e me tivessem fotografado à saída do parque, ia ser um …“Deus me Livre”.

 

Assim que chegamos a casa recebeu mais prendas da família que lá o esperava, não demorou muito até ter por volta de umas 40 prendas, atenção: nós não somos ricos, por isso imagino que isto aconteça em muitas outras famílias. Tudo isto sem contar com as prendas que recebeu em casa do pai e da família toda do pai.

 

Claro que ele ficou muito feliz, pois vê nas prendas uma demonstração de “gosto de ti”, e eu feliz por ele. Claro que compreendo. Claro que também eu ofereço uma prenda quando vou a um aniversário de uma criança.

Contudo, vi-o mais preocupado com as confirmações e chegada dos amigos do que com as prendas. Felizmente. Hajam coisas boas no meio disto tudo!

 

Quando ele foi dormir, peguei nas prendas que ele não abriu, quase 30, e guardei-as.

Recordou vivamente por uns bons dias a festa, recordava-a e contava-a a todos. Das prendas? Nunca mais.

 

E agora perguntam-me vocês: e o que fizeste tu com as prendas?

 

Eu aprendi que não devemos dar o que nos oferecem, aprendi muita coisa que respeito e sigo, agradeço de coração as prendas que compraram a pensar no meu filho, mas há coisas em que prefiro seguir o meu instinto e a minha cabeça e se a isso chamarem falta de consideração e má, pois então: eu sou uma “(des)considerada malvada”!  

 

- Ofereci-lhe 3 dessas predas no pinheirinho de Natal (foi o Pai Natal).

- Cada vez que vamos ao aniversário de algum amiguinho, eu embrulho uma e já está!

- Tudo o que é livros, vou-lhe dando um sempre que ele (nós) termina (mos) outro. Infelizmente não posso dizer-lhe quem os ofereceu porque não têm dedicatória.  

 

Nota: Viver a aprender!

Meia culpa para mim que não vou ligando quando me perguntam: o que é que ele gosta? E eu respondo: ah não é preciso nada.

Para a próxima vou começar a espalhar que ele gosta de livros. Nunca são demais.  

Dizer que ele gosta de livros e roupa dá muito nas vistas, certo?

 

Di Art Blogger 

Aprendiz de Mãe 

 

Mais um livro

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Foi o meu pequeno amor que mo ofereceu, pequeno de tamanho, pequeno ele não o amor. 

Pensei desistir dele, dele do livro, não do pequeno nem do amor.

Não desisti. Mania a minha de querer levar tudo até ao fim.

 

Se desistisse nunca me desiludia é certo, mas como saberia eu se valia ou não a pena se desistisse?

Devia ter desistido muitas vezes, é verdade, mas só consigo ter essa certeza quando vou até ao fim.

 

E por fim, não valerá sempre a pena?

 

Di Art Blogger